...
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
...
Como me sinto nesta divisão? Como me sinto ao pensar no que não tenho, ou a ter metade do que pensei? Como posso viver feliz, apreciar o dia, fazer de mim quem sou, e ainda dar de mim com quem vou?
Estas questões e reflexões, fazem-nos encontrar caminhos, e percorrer a Vida, aprendendo que dela temos que retirar, a toda a hora, os prazeres que nos oferece, pois conseguem ir saciando uma sede de muito mais.
Textos soltos sobre viver, encontrar caminhos, amar, relações de casal e de família, encontros e soluções. Que os textos sejam o início...e a vossa resposta a conclusão...
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Encontrar o Norte...ou um Norte - primeira reflexão
Vivemos, relacionamo-nos, conversamos, pensamos e queremos acima de muita coisa sentir que nos amam e que temos um espaço nosso, que se encontra cheio de significado e que nos mostra para onde vamos...levamos parte da nossa vida a decidir o que fazer e para onde ir, já para não falar de com quem queremos partilhar esta jornada. Apanhamos um comboio, de início num fenómeno de "pára-em-todas", e vamos vendo paisagens que nos marcam, que nos entram pela retina e imprimem a ferro escaldante, mas que nos asseguram sermos quem somos.
Viagem esta que decorre com o seu ritmo próprio, com paragens e saídas, umas planeadas outras forçadas, mas que sem dúvida nenhuma, a partir de determinado momento, ganha tal velocidade que só muito raramente nos permite parar e comandar de novo o comboio. Chamo a estes momentos os momentos de encontro e desafio. Estou onde queria? Estou onde sonhei? Como cá cheguei? O que fiz? De que me arrependo? Será que deveria ter saido antes?
Estes momentos permitem-nos avaliar o Norte que seguimos e decidir se permanecemos onde estamos e se asseguramos o resto da jornada.
Sigam o meu exemplo...
Sou jovem, sonho um dia casar, estabelecer uma relação, talvez para a Vida, com o companheiro que considero ideal, com uma casa, com filhos, carro, férias algures, etc...acrescentem os sonhos que vos façam sentido.Quando sonho com tudo isto embarco num comboio só meu, depois partilhado com um alguém de minha escolha, e tomo rumo a um Norte que me guia, mas numa velocidade que deixa de estar ao meu controlo, a Vida é que começa a reger estes movimentos, os sonhos vão acontecendo, independentemente, de eu ainda os querer, é quase como que se estes tomassem vida própria e fossem acontecendo.
Quando dou conta, estou casada(o), e a viver onde fazia sentido (às vezes sem saber a quem fazia sentido). A casa compra-se, os filhos vão nascendo, e com a realização destes sonhos, surgem, pesos que nos forçam a seguir com o comboio, e talvez com muito poucas paragens. Às vezes a Vida ganha tal controlo, que me esqueço de ir vendo as paisagens ou de ir assegurando que o destino programado, que o Norte que me guia, é realmente aquele que me faz feliz agora, que me realiza agora...o comboio segue, a seu ritmo próprio, e apenas em momentos, às vezes escassos, é que me questiono. Mas tudo isto assusta, pois eu penso: e se me atrevo a pensar que quero diferente, que quero outro rumo, ou outro Norte?
Não tenham receio, façam estas paragens, e afinem a bússula...estes momentos de pausa, de questionamento, fazem com que eu assegure que continuo numa viagem que me faz sentido, num caminho de encontro comigo e com os outros...a viver os momentos de felicidade que a Vida me vai dando, e que eu vou conquistando.
Viagem esta que decorre com o seu ritmo próprio, com paragens e saídas, umas planeadas outras forçadas, mas que sem dúvida nenhuma, a partir de determinado momento, ganha tal velocidade que só muito raramente nos permite parar e comandar de novo o comboio. Chamo a estes momentos os momentos de encontro e desafio. Estou onde queria? Estou onde sonhei? Como cá cheguei? O que fiz? De que me arrependo? Será que deveria ter saido antes?
Estes momentos permitem-nos avaliar o Norte que seguimos e decidir se permanecemos onde estamos e se asseguramos o resto da jornada.
Sigam o meu exemplo...
Sou jovem, sonho um dia casar, estabelecer uma relação, talvez para a Vida, com o companheiro que considero ideal, com uma casa, com filhos, carro, férias algures, etc...acrescentem os sonhos que vos façam sentido.Quando sonho com tudo isto embarco num comboio só meu, depois partilhado com um alguém de minha escolha, e tomo rumo a um Norte que me guia, mas numa velocidade que deixa de estar ao meu controlo, a Vida é que começa a reger estes movimentos, os sonhos vão acontecendo, independentemente, de eu ainda os querer, é quase como que se estes tomassem vida própria e fossem acontecendo.
Quando dou conta, estou casada(o), e a viver onde fazia sentido (às vezes sem saber a quem fazia sentido). A casa compra-se, os filhos vão nascendo, e com a realização destes sonhos, surgem, pesos que nos forçam a seguir com o comboio, e talvez com muito poucas paragens. Às vezes a Vida ganha tal controlo, que me esqueço de ir vendo as paisagens ou de ir assegurando que o destino programado, que o Norte que me guia, é realmente aquele que me faz feliz agora, que me realiza agora...o comboio segue, a seu ritmo próprio, e apenas em momentos, às vezes escassos, é que me questiono. Mas tudo isto assusta, pois eu penso: e se me atrevo a pensar que quero diferente, que quero outro rumo, ou outro Norte?
Não tenham receio, façam estas paragens, e afinem a bússula...estes momentos de pausa, de questionamento, fazem com que eu assegure que continuo numa viagem que me faz sentido, num caminho de encontro comigo e com os outros...a viver os momentos de felicidade que a Vida me vai dando, e que eu vou conquistando.
Sensações do sentir, para os que amam...
Tenho sentido...palavras bailam-me no peito, oiço-as como se de estranhas se tratassem. Amor, amizade, solidão, empenho, paixão... Não me dizem tudo o que há para dizer, mas sinto-as como se estivesse a marcar uma pele fria com ferro quente.
Sinto-as, sei que estão lá, e acho que moram nas indecisões de quem já viveu algum tempo, mas não sabe se viveu tudo o que queria, ou podia. É ter uma indefinição, e uma sensação de vazio, quando olhamos e afinal tudo está repleto, tudo encaixou no seu local. Há uma vida definida e vivida, resultante das opções que se tomaram, e nos mas, nas entrelinhas das decisões vive-se os “e se”. E há momentos. Momentos, em que os “mas” e os “e ses”, não nos afectam, não nos deixam no vazio do silêncio ensurdecedor. Mas há outros, em que tudo isto desaba, nos questiona, nos incomoda.
É sabermos que há algo presente que ninguém vê, mas que põe em causa o que vivemos e sentimos. No fechar dos olhos, no respirar, no sentir de uma mão, liberta-se o viver apaixonado, quase que desesperado, da consciência do amadurecer. Não olho nos olhos com medo do que vou ver. Não olho nos olhos com medo do que vou deixar ver.
Sinto, sinto a noite. Baila-me no peito a sensação...não sei de quê?
Sinto, sinto no peito o amor de quem te vê.
Sinto-te perto, sinto a impossibilidade de estar próximo. Sinto que não devo e quero. Quero tanto. Queria experimentar o que não pude, ou partilhar aquilo que sonhei. Queria fazer paz, com o mundo e comigo, sem trair os que amei.
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