quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PROFESSOR

Aquela pessoa,
que na força das palavras,
na espada das acções... ensina...
vivendo...ensina sendo,
vive demonstrando,
inspira poesia,
demonstra teoria,
apaixona almas nos seus gestos, e luta contra...
sociedades, regimes, moinhos de vento, ilusões...
com o objectivo,
de formar, de educar, de ensinar,
de despertar nas almas
destas criaturas,
que muitas vezes idolatram,
o querer saber, o querer mais,
o inventar porquês, para...
não parar,
de questionar...
mas só ensina,
só modela,
só é exemplo, quem acredita e luta,
não desmotiva na dificuldade,
e acreditando no que faz,
faz...
sobre chuvas ou crises,
com ou sem condições,
FAZ porque acredita,
faz porque AMA...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

LIBERDADE

Voar alto, com asas de sonho,
pairar no tempo, prolongando a Vida...
Imaginar o real e viver o imaginado,
amar além e aqui,
sem fim, nem princípio...
Existir na chuva, 
crescer flor,
andar na areia, sorrir criança...
Dormir num ninho,
sorrindo o amanhecer,
esquecer relógio,
estar sempre a aprender...
Dar passos apressados para chegar...
e ser quem achamos que somos...
acabar a fazer da partida chegada.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INSATISFAÇÃO...

Desejo incompleto,
caminho meio percorrido,
dor de não ter,
e medo de perder.
Angústia invasora,
energia paralisante,
perda contínua,
num desgaste profundo.
Metas distantes,
corrida sem fim...
numa procura incessante...

MEDO


Capa negra, que nos acorrenta...
cega, toldando as visões de futuro,
Mãos de ferro frio, 
que quebram a força,
e apagam a esperança...
Parede imensa, que se levanta, 
e, me impede de ver além...
frio gélido, que me faz morrer mil vezes, 
antes de me deixar chegar...

LUTO

Névoa, neblina...
entre os olhos e a alma. 
Lágrima agri-doce,
que passa nas rugas de um rosto...
lavrado pela Vida.
Coração ferido, 
sem porto de abrigo, 
rasgado de dor e, 
só, nesse amor.

Cuidar de mim...amores e caminhos...


Tantos de vós chegam a mim de rastos, sem forças, pouco cuidados, e muitas das vezes antes de podermos reparar o emocional, de encontrar equilíbrios de alma, tenho de reconhecer que vocês não se cuidam...

...e cuidar de nós é a prioridade, é crucial, pois, esses espaços de cuidado permitem-nos energias, forças e espaços para vestir armaduras e ganhar as batalhas do dia-a-dia...


Calendários, agendas, relógios, despertadores, telemóveis, lembretes, notas, compromissos...

Pressa, corrida, fuga, desespero de cronómetro...

Organização, desorganização e caos...

Equilíbrios e harmonia, soluções com pontaria e uma disciplina religiosa...

Vamos lá...a reflexão de hoje é uma ferramenta, é um pensar sobre formas de estar e um pedido para que criem tempos vossos, de cuidados, para o vosso bem-estar.

Primeiro passo, que preciso eu para o meu bem-estar?


Dormir, comer, amar, ser amada, prestar atenção aos sintomas do meu corpo, cuidar, receber, dar, viver, rir, sonhar...

Em que doses?

No razoavelmente saudável...no equilíbrio que é só meu e definido por mim,varia de pessoa para pessoa, mas há mínimos iguais para todos, e descurar esses mínimos é não estar bem...o truque é descobrir as doses certas de tudo...

Vejamos, antes de começar o meu dia, tenho de dormir, quanto e como?

Sem dúvida que o ideal era acordar sem despertador, não por fenómenos mecânicos, mas sim pelo descanso alcançado...num número mágico que provavelmente para adultos oscila entre as 7 e as 9 horas, num ambiente, escuro, sossegado, arejado, confortável, nem demasiado quente, nem demasiado frio - reparador...e a transição fazer-se com tempo para espreguiçar, despertar para o dia, pensando em algo bom que nos vai acontecer, e após esse arranque, pensar na lista dos afazeres...

Segue-se o hábito do pequeno-almoço, refeição rei, e tão negligenciada e acelerada...esta é a refeição que merece o nosso maior investimento, vimos de um período de jejum, e precisamos de energia, vitaminas, proteínas, e conforto...assim ajudamos o nosso metabolismo a saltar do modo "cama" para o modo viver, com energia e sem rezinguice...

Esta pausa, logo no arranque aumenta-nos a sensação de bem-estar, de controlo, e de positivismo face ao que aí vem...um dia de trabalho, de desafio...Força nisso!

Estes cuidados não podem parar por aqui, ao longo do dia, não se esqueçam de comer, com o cuidado de irem baixando a quantidade de calorias, consoante o dia avança, e de beber água...pois evita as dores de cabeça, a tensão, a desidratação, o cansaço...quanta, a que conseguirem, mas disciplinem-se, tenham garrafas de água, pelos sítios por onde andam (secretária, carro, quarto, etc...).

Mais, que se segue? Para me cuidar é importante que faça o que gosto, se assim não é, então tenho de me esforçar por descobrir aspectos positivos e coisas que atraem, mesmo nas coisas que nos dão menos prazer...podendo intervalar algo menos bom, por pequenos momentos de prazer (um telefonema amoroso, uma ida ao café, um pausa de leitura, uma ida à rua...). 

O tempo passa, escorre a uma velocidade lenta, e assustadoramente veloz, hoje criança, amanhã adulto...a gestão do tempo é crucial. E não nos deixemos cair na ilusão de que não há tempo, que o tempo não chega, ou que tudo demora muito tempo...é fazer um estudo do que gosta de fazer, do tempo que essas coisas levam a fazer, e depois perante momentos livres, é só escolher algo que pode fazer e que cria a interrupção de prazer. Pensem - em média: dormimos 8 horas, trabalhamos 8 horas e, sobram 8 horas...onde as gasta?

O tempo é um investimento, um depósito, algo que temos de plantar, desde a semente até ao estado adulto, e que merece cuidados sensíveis,  permanentes,  de forma a assegurar que o mantemos vivo, nosso, e que não nos morre ou foge, como areia entre dedos...


Ele passa por nós, e por vezes deixa a sensação que passou e metade do que queríamos não foi feito, confesso que o único truque que aprendi que parece funcionar, é o uso de uma disciplina férrea, num constante equilíbrio de prioridades, e numa procura constante de buracos negros, que posso roubar para mim, pessoa, para nós, casal, para nós, família...e este exercício funciona muito melhor quando feito livre de culpas...pois estas aceleram o relógio.

1 - Estabeleça afazeres.

2 - Defina quando os tenciona fazer.

3 - Imponha datas limite.

4 - Use agendas e lembretes, que lhe permitam uma actualização constante da sua vida...

5 - E, depois defina também o onde e o quando, para poder encaixar as suas definições de tempo meu, nosso (2) e nosso (todos)...

No processo de se educar na gestão da sua agenda, aprenda a saber o que o faz feliz, e encaixe esses momentos na sua rotina, com frequência, com dedicação...e lute para os recuperar, sempre que os tiver que ceder por forças maiores...o segredo está no constante movimento de criar prioridades, responder a elas, e depois do caos, reequilibrar encontrando momentos de recuperação.

Cuidar de nós e/ou dos outros, faz-nos ganhar energias, que nos ajudam a lutar para sermos cada vez, melhores pessoas, e cada vez estarmos mais perto de objectivos plenos de entrega e de existência.

O livro da nossa Vida somos nós que escrevemos, muitas vezes em páginas já ilustradas, ou em caminhos já percorridos. 

No entanto, na maior parte dos momentos, existe sempre um espaço, ainda que pequeno, para escrevermos nós parte da história, do enredo, e com isso sentirmos que a felicidade pela qual lutamos está mais perto, pode estar à nossa porta, está ao alcance das nossas mãos...e podemos gozar a Vida, como se esta realmente fosse "uma caixa de chocolates", apreciando a surpresa do recheio, encontrando amores e caminhos, que nos permitem tomar o melhor remédio...

Viver todos os momentos, apreciar o que há de positivo, minimizar o negativo, ganhar forças em nós e nos nossos amores, e recebendo aprender a dar, e rir, rir muito, brincar com a Vida, não deixando que o sorriso nos fuja dos lábios...

E nunca, mesmo nunca, se deixe sair da sua lista de prioridades, o seu amor, por si, tem de ser sempre o primeiro, só assim se pode amar os outros.

Pensem nisto, e vamos viver...a cada nascer de sol, ganhamos 24 horas, aproveitem-nas...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SEXO


Um cigarro fumado,
um abraço roubado,
um momento fugaz,
um prazer profundo,
um pedido,
uma entrega,
um perdão,
um animal liberto,
um preconceito desfeito,
é existir em ti...
é ter-te em mim.

AMOR





Cheiro o teu cabelo, 
respiro a tua pele,

vivo em ti...
sinto a tua alegria, a tua dor, as tuas tristezas, 
sinto....

quero-te,
e, saboreio a tua presença,
angustio ausências,
recheio-me de ti e
vivo, este amor...

FELICIDADE


Emoções, que nos explodem por dentro...
Rasgos de vidas melhores,
Momentos de super-poderes...
Omnipotência sentida,
e partilhada.
Parir de dentro
um fogo de artifício,
viver nas nuvens por momentos,
ser maior do que a Vida...
receber um abraço sentido,
ver nos olhos amor,
carregar nos braços um filho,
e ser capaz...de morrer por amor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Amores...


Tu chegas, eu estou…
Tu vais, eu fico…
Tu pedes, eu dou…
Tu dás, eu espero…
Danças de amor,
enleios de afectos, repetidos, trocados…beijos desesperados.
Abraços profundos, no toque da pele, e respiração…
Não vás, que eu estou!
Não peças que eu dou,
Respira comigo, nesta união,
Entrega-te, que eu estou…


Amores, sentimentos fortes carregados de reticências, vazios, silêncios.

Carregados de esperança, de entrega, de medos e receios, de fé no outro e em nós...complexidade de vontades, de desejos...casais, filhos e pais, a ninguém escapa, esta viagem, esta procura incessante, este encontro entre eu e o outro, de quem quero algo, de quem dependo, o amor é felicidade, se me sentir amada, se me sentir correspondido, se na entrega, na troca, recebo, vivo, respiro livre...mas nem sempre assim é, pois não sei receber, não sei pedir, não sei aceitar...questiono, duvido, receio e fujo...

Vejo tantas pessoas em amores profundos, intensos, cheios de vontade de estar, de dar e receber, mas paralisados por medos e fantasias de perda, desertos de mergulhar de cabeça, mas enleados em raciocínios complexos, tal teias de aranha, labirintos da mente, amarrando os sentires a pedras, que se afundam e nos levam com elas, parem!

Não permitam que pesos de Vida, de perda, de desamores, de egoísmos, de traição, de deslealdade, vos arrastem, para tal ponto, que percam a inocência de amor puro, de amor para não ter retorno, aceitem, entreguem-se, vivam, sorriam, e tenham uma fé inabalável em vós, no sentir, no sonhar - nos sonhos que vos carregam, e levam a caminhadas intensas e lindas...respirem a Vida como se fosse um ar gelado de norte, da serra, e que vos acorda por dentro, mas que rapidamente se aquece, com a vossa chama interior, que vos leva a dar fogo, vida, amor, ao filho, ao pai, à mãe, ao marido ao amigo, à Vida que querem viver e construir!!!




Vamos viver, amores, dar e receber, vamos aprender a viver, com erros e enganos, que nos permitem sentir...vamos amar, tudo e todos, marcar a diferença de poder ser em nós e nos outros.


Sim, vamos amar, carregados de medo, mas na esperança de nunca os perder...
Vem, que eu estou!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Perdas…luto, dores intensas, amores profundos...




Perder alguém, de repente ou como resultado de algo prolongado, com que idade, em que circunstâncias…As diferentes situações, ou os pormenores destas histórias, transformam as experiências em vivências muito diferentes, mas, luto é luto, e uma perda é uma perda, não havendo nenhum tipo de volta a dar a tal situação.

Perder é sentir que nunca mais se recupera algo, é viver uma saudade intensa, não só do que se teve e perdeu, mas também do que não se fez, do que não se disse, e do que não se viveu.

Viver o luto é viver um ciclo de emoções, que se repete vezes sem conta, e que com o tempo só se vai tornando ligeiramente mais fácil, mas com uma saudade mais intensa. Zangamos-nos, revoltamos-nos, negamos, aceitamos, e volta tudo de novo ao princípio...Questionamos as entidades divinas, os porquês, a injustiça, tudo porque a dor nos é difícil de suportar.

Se somos adultos, temos de aprender a viver na ausência, relembrando, mantendo viva a memória, celebrando o que eram e como eram, falando e sonhando, com partilhas inexistentes...Caminhando às vezes para a aceitação de um processo de substituição, casar de novo, ter mais um filho, entre outras...

Se somos crianças, podemos ganhar medos intensos, conhecimento de que a morte existe, que as pessoas de quem gostamos podem morrer, assim como nós próprios. Podem surgir medos nocturnos, apego excessivo, ansiedades de separação, vontades inexplicáveis de não se quererem separar, de não quererem dormir, de não quererem perder nada...

Como falar disto? De forma simples e adequada à idade, e às crenças de cada um. É algo natural, que por norma só acontece às pessoas mais velhas, ou em situações de doença, facto é, que a pessoa nunca mais volta, mas, nós podemos sempre lembrarmos-nos dela.

Quando tiver saudades, que fazer? Falar, ver fotografias, lembrar histórias, ajudar a entender a saudade e a vontade de ver de novo. 

Muitas vezes podem criar-se rituais de lembrança, dependendo da idade, como ir ao cemitério no dia dos anos de quem partiu, ou fazer um jantar especial, nesse dia, e falar-se da pessoa, relembrando-a. Apaziguar a angústia, dizendo que nestas situações às vezes, as pessoas ficam melhor assim. 

Talvez abordando o sofrimento em que o outro se encontrava, caso fosse uma doença, ajude a aceitar e entender. Mesmo que existam crenças religiosas, não dizer a uma criança, que a pessoa está no céu, ou nas estrelas, pois pode criar medos de andar de avião, de adormecer à noite por causa do céu estrelado, de querer ir ter com eles…etc...


Tornar o evento doloroso, numa parte da Vida e do quotidiano, é tarefa crucial, tentar continuar com a Vida com um número mínimo de alterações, acompanhar as dúvidas, as saudades, com conversas sobre a pessoa que está agora ausente, sobre como pode ser um exemplo de coragem, ou como gostaria de nos ver seguir com a vida para a frente, fazendo o que gostamos e precisamos. É como que encontrar de novo um sentido, e um objectivo, agora sem aquele elemento que tinha a sua devida importância, e justificações como estas podem-nos ajudar a seguir em frente.

Deixar chorar, deixar deitar para fora esta forma de sofrer, pois se a criança não o fizer com medo de deixar os pais tristes, ou outro alguém, faz a criança fechar-se, para não os preocupar, então, esta deixa de ter espaço para ter um ombro, um conforto, ou uma explicação, das pessoas que lhe são próximas e que podem retribuir carinho, paz, explicações coerentes. 

O mesmo se passando com os adultos, embora cada pessoa viva o luto à sua maneira, durante o seu próprio tempo, e apenas a passagem dos dias, e a adaptação que a vida força, nos leva a encarar a perda e a superá-la com o tempo, de forma saudável, ou não...Perder não quer dizer que se consiga deixar de amar…

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Criar os nossos filhos sem heróis…


Numa sociedade em que cada vez mais, nós pais, nos encontramos a dedicar e a focar grande parte das nossas vidas, senão toda a sua totalidade, em torno da educação dos nossos filhos, encontramos-nos num grande dilema…quem são os heróis de quem podemos falar, e que tenham uma ligação verdadeira, ou real, ao seu mundo actual.



Claro que nos podemos referir aos avós, mostrando como o seu esforço e dedicação nos levou a sermos quem somos, falar dos seus feitos e das suas conquistas. Podemos ainda, usarmos-nos como referências, para que em nós eles possam ver um modelo a seguir, fazendo valer todos os valores, a moral, o altruísmo, o desejo de um futuro melhor, mas estes modelos, já são usados por eles, sem que seja necessário um esforço adicional…quando falo em crise de heróis, falava daqueles que podíamos referir, que fazem parte da comunidade pequena, da alargada, no País, no Mundo, e que lhes permite sonhar, com ser mais, “ser como nós”, ou como esse alguém que não deixou de ser capaz de influenciar indivíduos ou gerações.


Recordo-me do orgulho com que vestindo a minha farda de escoteira, me arrepiava e emocionava ao içar a bandeira nacional, ao cantar o hino, ou a representar o meu País, como se todas estas coisas me fizessem sentir parte de uma família maior, como se estas coisas todas me obrigassem a ser melhor, a querer ser maior.

Não era só invadida de histórias sobre nomes internacionais, era também partilhada a história da minha nação, da luta de quem cá vivia, dos trabalhadores honestos, dos bombeiros, dos presidentes, dos médicos, das pessoas a fazerem o bem, daqueles que se esforçavam por conseguir uma qualidade de vida que passava por ajudar o vizinho, por deixar exemplos comunitários que se contavam e passavam.

E agora, claro que ainda há muitos pequenos exemplos, mas de repente sendo mãe, e querendo que eles se apeguem ao País, ao hino, à comunidade, que sejam heróis no seu e no meu coração…vejo-me confrontada com uma crise de heróis…em que até o homem-aranha teve de desenvolver um lado negro, de vilão, para cativar audiências, para demonstrar que também se idolatram os lados maus, escuros, ocultos…

Eu, só lhes consigo falar das “pequenas” grandes pessoas da nossa comunidade, que são exemplo de luta, de entrega, de trabalho, de amor ao próximo…mas não me posso alargar muito, pois caio na situação deles mesmos me chamarem à atenção para o facilitismo da nossa sociedade, para a desonestidade, para a injustiça, para a falta de patriotismo, simpatia, amizade…que vai caracterizando a nossa nova sociedade que de alto devia exemplificar.

Vamos todos reflectir, por nós, pelos nossos filhos, pelos filhos dos outros e pela nação. 

Vamos todos dar exemplos, por pequenos que sejam, para criar heróis...para que contemos histórias de bravura e de integridade…e para que todas as crianças destas gerações, saibam o que é ser Pessoa, terem exemplos a seguir e saibam o que é ser Português!