quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Paragens e regressos…quebras de rotina…




Olá a todos, estou de volta, e pensei que gostava de partilhar uma reflexão minha, mas que sinto fazer parte das vidas de todos nós…o que significam as nossas paragens ou desistências, como quebramos as nossas rotinas, como conseguimos lutar contra as nossas próprias inércias e carregar de novo, voltar à luta, e começar onde se deixou…

Muitas das vezes no nosso ritmo habitual, tudo encaixa como peças de lego, que montam uma estrutura e uma vida à qual eu me agarro, não só por segurança, mas também porque assim consigo estabilidade, rotinas, saber com o que conto…mas de repente, um dia, ou até dois, fazem com que eu saia desse mundo, e tenha que dar umas voltas extras, ou tenha que lidar com mais do que um imprevisto, uma brecha abre-se nessa construção que parecia imbatível, e de repente confronto-me com ter perdido a rotina, ter perdido a estabilidade, entrar em regime de improviso ou até mesmo caos, e regressar nunca é fácil, parece um nadar contra a maré…chego a questionar-me como é que tudo estava tão bem antes, se agora tenho dificuldade em recomeçar tal e qual como estava, sinto-me numa paragem forçada, negada, imobilizada por forças externas....

É assim, o equilíbrio conquistado, após estas sacudidelas da vida, demora a ser reconquistado, como se pequenas ondas de repercussão, se mantivessem presentes, e nos forçassem a continuar em modo de improviso, pois nada está a acontecer “como devia”.

A luta e a energia para retomar dobra-se em duas, forçando-nos a um esforço duplo, recomeçar nunca é igual a começar, o primeiro obriga-me a ter mais energia, a perceber que perdi controlo, a lidar com sensações que me podem fazer pensar que desisti, ou que me negligenciei, e perdida nestes labirintos do pensar, gasto energias que me consomem e me impedem de acumular a energia que necessito para dar início, de novo, ao que me agrada me impele para a frente e me motiva, contraditório, não é?

Mas, sim somos assim, por isso nada de cantigas, do "começo amanhã", "preciso disto para aquilo", tenho de esperar mais um pouco", "preciso da força do _______", etc., etc.

Levantem-se as forças, e comecemos. A Vida não espera, e cada minuto de perda, nunca é recuperado, que sejam estes os novos princípios, os novos começos e que com isso consigamos sentir a excitação de começar de noivo, em vez de nos sentirmos derrotados por termos parado.




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