quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ELEFANTES INVISÍVEIS...histórias de amor e família...

Ora vamos lá a falar de elefantes...

A ideia deste texto, não surgiu apenas por causa daqueles assuntos que nos pesam nas costas, e arrastamos connosco os dias inteiros, aos quais o vulgo chamaria preocupações, e que por vezes quase não nos deixam respirar...

...mas também, e provavelmente acima de tudo, eu queria, ou planeava, falar daqueles assuntos que são do tamanho de elefantes, que estão no meio de famílias, de casais, no meio da sala de jantar, ou até na cama, entre todos, mas que toda a gente se desvia e finge não ver, para não ter que falar, abordar, ou resolver...

Acho que abordarei os dois em separado...pois são ambos delicados e merecem reflexões separadas.

Hoje falo dos que andam por lá a passear, que ocupam espaço, e para irem embora, alguém tem de falar deles...

Claro que estes assuntos não começam logo por ser do tamanho de elefantes, mas se com o tempo todos fingirem que esses assuntos não existem ou não são para ser falados, eles crescem, e vão dificultando a vida de quem gira à sua volta...exemplos, o consumo excessivo de bebidas de um elemento próximo da família, o facto de um elemento da família ser agressivo, uma traição sabida, a falta de vontade sexual, maus resultados escolares de um dos filhos, consumo de drogas, mau relacionamento com os sogros, etc., poderia dar-vos múltiplos exemplos, mas penso que cada um pode pensar nos seus, e para o processo muitas das vezes é completamente indiferente a razão...

A minha reflexão de hoje, é simples e tem apenas como objectivo colocar-vos a questionar os vossos papéis neste jogo, e a pensar nas possíveis soluções para fazer com que os elefantes diminuam de tamanho, ou acabem no jardim zoológico...

Muitas das vezes no seio de uma família surge um problema, que pelas mais variadas razões, se torna desconfortável de ser abordado ou discutido. Isto, pelas mágoas que pode acarretar, por ser de difícil resolução, porque as opiniões dos envolvidos são muito diferentes, porque envolve amor e dedicação e a possibilidade de tudo isso ficar em questão, entre outras razões...facto é, que esse assunto, que passamos a fingir que não existe, ou que passamos a evitar tocar ou falar sobre, continua lá, e vão tomando proporções equivalentes à seriedade e afectos a ele associados.

Claro, que nós somos bons, e conseguimos durante muito tempo gerir a Vida, como se ele não existisse, só nos confrontamos com ele, quando o seu tamanho é de tal maneira "ginórmico", que já não há volta a dar, e ele está prestes a rebentar-nos na cara, se é que já não aconteceu.

Riscos imediatos: Para além do elefante não ser muito cuidadoso e poder destruir tudo por onde passa, ignorar, por norma abre caminho para toda uma série de sentimentos entre os elementos que sabem da sua existência, mas que em silêncio tácito decidiram não falar dele, sentimentos como: mágoa, falta de compreensão, ideia de não ser entendido, exaustão, descrença, desilusão, medição de afectos...

Por isso, o elefante cresce porque não se faz nada, e para além do elefante crescer, crescem todos estes sentimentos de que falei.

Riscos a longo prazo: Destruição do espaço, ou espaços por onde se esconde, pois, não é fácil ter um elefante escondido em muitos sítios...relativamente aos sentimentos, há um agravamento de todos os que referi e de todos os que me esqueci, ou nem quis mencionar, e há muitas das vezes a ruptura das relações, porque já ninguém "pode" com o elefante, e ai, não só ele sai do esconderijo, como saem todas as acusações e mais uma, relativamente ao ELEFANTE e ao que se podia ter feito e não se fez...

Que fazer então contra elefantes invisíveis, que se escondem dentro de casa?

Andar sempre atentos, e ao mínimo sinal de elefante, por o bicho a descoberto, por norma encolhe logo um pouco, depois, em conjunto, em família, encontrar maneiras de consenso, que permitam os elementos envolvidos resolverem algumas das suas questões associadas ao elefante.

Como?

Colocando na mesa o assunto difícil  falando das estratégias que se vão implementar, ou que se podem implementar, marcar prazos, combinar momentos de encontro para recuperar forças, definir ideias ou soluções que tragam conforto a ambos, ou a quase todos os envolvidos, nem que seja, por etapas, mas acima de tudo, tentar expor o elefante constantemente, para que este não seja capaz de crescer....Muitas das espécies de elefantes invisíveis, desaparecem, se o uso de armas também elas invisíveis for frequente e repetitivo, algumas ideias de armas possíveis são:  a cedência, em full power; o diálogo, com força G máxima, e a partilha, em doses massivas...

Boa sorte, eu, cá em casa livrei-me deles todos, éramos muitos e o espaço era pouco  ;0)

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