segunda-feira, 25 de março de 2013

Esperança...uma forma de amar o outro, a Vida e o futuro

Esperança....sentimento difícil de manter perante as adversidades, perante os desafios da Vida que nos fazem sentir injustiçados, defraudados...

Sentimento de energia inexistente, quando somos levados à exaustão do sentir, quando nos parece, que, independentemente, do lado para que me vire...portas se fecham, umas lentamente, outras com estrondo. Quando olhamos à volta e nos parece ver pessoas a caminharem vazias, indiferentes, descrentes, e que no seu sentir e na sua forma de viver, se nos permitirmos, se tornam contagiantes.

Sentimento posto à prova quando a nossa visão se choca com imagens de miséria, de pobreza, de solidão, de maldade, de crueldade, em fim, tudo, sentimentos passíveis de serem tido pelos nossos semelhantes.

Sentimento provocado por impotências das nossas próprias limitações, das nossas finitudes...do nosso desejo de ir mais longe, de dar mais, e sentirmos que não chegamos...e na nossa mente ficam gravados os olhares, os pedidos mudos, de quem está, e para nós olha...e é nestes desafios, que surgem forças para alimentar este sentimento, que nos propele a alimentar esta vontade, este desejo que é mais do que um sentimento, é um alimento a nós, ao nosso ser, à nossa alma...se assim o quiserem ver.

É querer que o céu seja nosso, perder o desejo de complicar, e investir, em acreditar, em achar que tudo se pode, e que nada se torna impossível se sós, acompanhados, ou sós,  juntarmos essa energia, esse sentir, para ao fazer diferente, alimentar aquilo que desaparece...se não acredito.

A esperança existe, mas facilmente se enterra numa areia movediça, onde nos enterramos nós próprios, por nos deixarmos ir, no ritmo da Vida, no egoísmo próprio da nossa sociedade, nas pressas de viver o tempo, que não chega...mas do qual parece fugirmos, num movimento inverso ao que proclamamos.

Fazer algo, é sacrificar, é gerir, os tempos de forma menos mecânica, é querer acreditar que temos o poder de dirigir o rumo do nosso destino, ainda que partes do caminho já estejam traçadas. É acreditar que a Vida pode ser bonita, que as pessoas não são todas egoístas e potencialmente más, e deixar as âncoras que nos prendem, na tristeza, na mágoa, no arrependimento, na falta de fé...é cortar essas amarras e dar rumo ao barco, seguir caminho, ao longo do rio, tirando vantagens dos ventos, da água, das marés, das nossas forças. 

E isto não é poesia, não é optimismo em excesso, é factual, é algo que se pusermos à prova, conseguimos resultados, primeiro alguns, depois mais, e com o tempo, temos um grupo que nos rodeia, semelhante a nós, aos nossos princípios e crenças, vontades e desejos, e assim a mudança é maior, a conquista é mais fácil, e ganha um momentum próprio, vivo em si, que se renova e nos renova, nos dá coragem de continuar e acreditar que mesmo os maiores inimigos, presa e predador, podem ter um papel importante na conquista de algo mais universal, mais intenso, mais verdadeiro...não tenhamos medo...vamos investir, e acreditar que a nossa capacidade de amar, cria esperança; a nossa forma de agir, cria esperança; a nossa forma de nos darmos e de nos entregarmos, ganha esperança.

E daquilo que parecia impossível, surgem soluções, pequenas, minúsculas até, mas são começos. E se nem sempre obtivermos resultados positivos, tentamos e saímos da luta, com a vitória pessoal de não ter desistido, de ter tentado ir mais longe. E de repente algo pequeno, cresce, invade e ilumina, alimenta e faz crescer flores no deserto.

É a vontade de continuar a creditar em algo, a acreditar em nós, nos nossos amores, num futuro para os nossos filhos e para nós, que nos mantém vivos e com capacidade de alimentar sonhos, criar novos projectos, de nos entregarmos aos outros, de vivermos a vida com momentos de felicidade, e de não desistirmos.

Acreditar que a cada dia que nasce, a cada sol que vemos, temos novas oportunidades de renovar acções, de dar, de receber, de ter esperança e acreditar em nós!

A esperança cultiva-se, e faz com que tenhamos uma alegria interior e uma grande vontade de viver, ou não a cuidando, não a alimentando...ela vai, desaparece, e deixa-nos vazios, tristes, descrentes e sem forças, até para a caminhada natural...

Não desistam, acreditem, invistam, que ela mesmo parecendo desaparecida, bem tratada, volta.

Que tenham um bom dia, carregado de esperança e muita vontade de viver feliz!

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