segunda-feira, 4 de março de 2013

Relações perfeitas e infinito, príncipes e sapos...

Uma relação começa sempre bem, com paixão, romantismo, humor, carinho, compreensão, tolerância, aceitação do outro, graça pelos pequenos defeitos...

São feitas juras de infinito, promessas de eterna paixão, entrega e dedicação total, fusão de dois em um, todo o tempo é a dois...

E depois...começa realmente a relação, com dois verdadeiros seres, que realmente se amam,mas que vão aprender o trabalho que dá manter estas promessas, principalmente as que não são fazíveis...

Hoje em dia, sabe-se de casos que a duração entre o primeiro momento e o segundo chega  a ser menos de seis meses, e sai o pedido de divórcio, em contraste sabemos de muitas relações (em média pelo menos quase 50%), que sobrevivem a estes dois estádios, e passam ao terceiro...viver a vida real a dois, três, ou n...tão felizes quanto são, nos momentos todos que podem...numa entrega em constante revisão e ajuste.


Nenhum dos momentos é errado, são todos naturais, necessários, e podem muitas vezes repetir-se em ciclos...o segredo para não pertencer aos 50% que terminam, que devolvem o companheiro à proveniência, é ir vivendo cada estádio, com as devidas ferramentas e sempre com a ideia de que vão tentar cumprir, até as promessas não fazíveis...

O desafio é conseguir manter um respeito pelo próprio que permite perante o companheiro defender aquilo em que acredita, aquilo que precisa enquanto indivíduo para ser quem é. 

É conseguir respeitar o companheiro, o suficiente para o conhecer, saber aquilo em que acredita, aquilo que precisa enquanto indivíduo...

E, é também saber descobrir, que existe um espaço comum, onde ambos existem e coexistem, onde por esses mesmos movimentos de respeito, vão ter de encontrar, ou arranjar, um território comum, interesses comuns, entregas satisfatórias para ambos, momentos de união e entrega que permitem amar o outro em todas as suas dimensões...

Acreditar que numa outra relação poderei ser mais feliz, e ir à procura de um outro companheiro, como procura de felicidade, é uma ilusão, pois todas as relações, ainda que comecem perfeitas têm tendência para evoluir para fases de dificuldades e desafios, de descoberta de defeitos e vícios, ou coisas menos boas, ou completamente intoleráveis.

O esforço deve e tem de ser feito na relação em que se está (salvo, claro, em situações de abuso), pois esse esforço aplicado, renova constantemente a relação actual, criando oportunidades de partilha, felicidade, reajustes, reencontro, paixão... uma viagem entre estar com o sapo e o príncipe, entre estar com a bruxa, ou com a princesa...é o jogo de saber activar o que gostamos mais, aprender a evitar o que despoleta o que não se gosta...é uma dança entre discutir, aceitar, e perdoar (onde é que eu já ouvi isto?!).

É ACREDITAR, que se pode mudar os aspectos negativos da relação, não da pessoa...É acreditar que é possível mudar pequenas coisas todos os dias, para tornar as nossas vidas mais agradáveis, mais toleráveis, para facilitar a vida do outro e a nossa, é não competir, e estar ao lado, em equipa, numa dança equilibrada, articulada de tal maneira, que um está com o outro, e substituem-se sem diálogo...não competem e não desistem.

Existem relações perfeitas, príncipes e princesas...existem sonhos, que resultam de muito trabalho, investimento e dedicação, e estão ao alcance dos nossos corações... basta decidir investir e não desistir!

Pensem nisso...

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