sexta-feira, 15 de março de 2013

Hoje choro...

Hoje choro,
sinto em mim as dores das gentes,
sinto o olhar triste de uma criança,
sinto o ódio e a inveja dos mundos,
sinto a fome de quem não come,
sinto a revolta na terra.
Hoje choro, sinto em mim...
o rasgão da falta de fé,
de um momento de desilusão,
da falta de força para pensar erguer...
do desejo de não continuar.

Choro por mim,
choro por ti...
dou de braços à morte, que não me assusta...
é tão mais cruel a Vida de alguns,
que de ti...
medo não tenho.

Hoje choro,
sangro e despedaço-me...
hoje tenho as fragilidades do vidro,
parto-me de dentro,
na angústia de não querer
ver força humana assim.

Hoje sinto que não acredito,
hoje quero gritar basta!
Muda mundo...
muda tu, tu e tu!
Hoje choro,
a morte da inocência...
e em ti não quero mais acreditar.

Amanhã, quero acordar,
deste sonho terrível,
e nem uma lágrima verter...
porque quero sentir...
que força humana consegue tudo isto vencer.

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