
Falemos um pouco sobre isto, não da forma política, porque não é temática na qual sequer me queira envolver, mas no sentido emocional de mudança, de estratégias para seguir em frente, em paz e com mais harmonia.
Em primeiro lugar, há que preservar um espaço para a família, principalmente se existirem crianças, seguro, e que não seja invadido por constantes comentários sobre o que se passa no exterior da vossa vida, por muito que isso vos esteja a afectar.

E depois, ter uma conversa com todos, pedir a ajuda e colaboração, para implementar essas estratégias de poupança, mas terem o cuidado de não tornar este assunto uma visita da casa, que aparece a toda a hora, pois cria uma cobrança desnecessária, e um sentimento de impotência que já é difícil de suportar no adulto, muito mais na criança.
O reviver, relembrar ou constantemente cobrar, cria negativismos, e incapacita.
Uma outra estratégia crucial, é a de que têm de continuar com rotinas vossas, que já eram parte dos hábitos, e que vos traziam próximos, por exemplo, se não podem jantar fora, tantas vezes, improvisam em casa, uns pic-nics, uns petiscos, mas organizados em ar de festa. Se não podem passear tanto, por causa da gasolina, arranjem caminhadas, descobertas mais perto de casa. Se alugavam filmes, e agora não podem, usem a box para gravar uns quantos ao longo da semana, e depois vejam, numa tarde...
A ideia que estou a tentar passar, e que não tem de ser mais exemplificada, é a de que, as vossas rotinas de família, que vos ligam, unem, e conseguem dar momentos de felicidade não podem desaparecer ou ser anuladas, pois retira-vos a perspectiva do porquê dos esforços.
E reduz drasticamente os momentos de alegria, ou felicidade, que animam, que incentivam, para o resto da caminhada, e não vos ajudam de um todo, se vos fazem sentir pior, e mal convosco e com a vossa vida.

Mas, se se assumirem, como uma equipa a resolução, e conseguirem criar métodos, de corte, de ajuste, de adaptação, então é dar um tempo, e apenas de vez em quando, em períodos estabelecidos por vós, verificarem se está a correr bem, se precisa de ajustes, se há folgas...
Ou seja, a solução passa por sermos agentes de mudança e de adaptação, por muito que isso custe, evitando que o custo que isso carrega, se espalhe como uma gripe, pelos membros da família e por si mesmo, enquanto indivíduo, pois é sempre mais difícil seguir em frente se me sinto doente e sem forças.

É pensar que a história da humanidade, está repleta de crises, umas mais sérias outras menos, que às vezes nos levam a caminhos com melhores valores, mais qualidade de vida, é focar neste momento de conflito, de adapatação, como um ponto de crescimento e desenvolvimento, aproveitando a crise para inovar, desenvolver novas estratégias, aprender velhos hábitos, recuperar velhas tradições, que existiam com esse propósito - o de poupar.


Só quero é que entendam, que a mensagem que quero passar, é a de que deprimidos, ou não, tristes, ou não, este momento está a passar-se, por isso, se conseguirmos, passá-lo e ultrapassá-lo em bem, em paz e com esperanças renovadas, saímos vitoriosos da crise, sem mais prejuízos dos que aqueles que ela já deixa...
Claro que este meu discurso, optimista, e a tentar convencer-vos que o nosso cérebro, a nossa disponibilidade psicológica, tem influência na forma como nos sentimos, em momentos como estes, não quer de forma nenhuma desrespeitar, ou ofender, pessoas que se encontram em sérias dificuldades, e que não têm como tornar mais doce a sua realidade. A esses devemos todos nós, que ainda temos mais do que julgamos precisar, estender a mão e ajudar, pois podemos fazer a diferença.
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